Como havia prometido, vou reativar a correspondência com Valéria V.

Aí vai o email desta semana. Digam o que acharam, se devo continuar a publicar os relatos dela, ou se são muito picantes para esse blog de família.



Aí vai:

“Olá, garoto.

Há quanto tempo, ahn? Anos. Bem, meu caro, as coisas não mudaram. Estou um pouco mais experiente, apenas isso. E, acredite, melhor fisicamente falando. Sempre atraí os homens, você sabe disso, garoto. Mas agora… Bem, agora estou levando a academia realmente a sério. Minhas carnes estão duras, garoto. Rijas. Vou lhe dizer uma coisa muito séria sobre a minha própria bunda: tenho orgulho dela como jamais tive. Redonda, tesa, firme como as convicções do PSOL. Percebo que os homens ficam olhando para ela. Aí abuso. Visto calças justas, garoto. Justíssimas. E os homens enlouquecem. Posso ver como se excitam só de me olhar.


É isso, garoto: estou gostosa como nunca. Essa é a verdade. E tenho me aproveitado disso. Tenho torturado os homens. Descobri que gosto de torturá-los. Gosto de vê-los sofrer. E é o que quero lhe contar agora. Sabe o que fiz com um de vocês? Vou dizer: ele é meu colega de trabalho. Passa os dias me assediando. A todo momento dá um jeito de me tocar, de encostar em mim, roçar-se. Um dia eu disse para ele:

- Você é louco para transar comigo. Pois bem: hoje nós vamos transar. Só hoje. E nunca mais. Uma única noite e nada mais. Você entendeu?

Ele topou. Levei-o para casa e nós transamos, garoto. Fiz misérias com aquele homem. De manhã, mandei-o para casa. E, depois, nem mesmo olhei na cara dele. Cortei de vez a intimidade entre nós, deixei de atender aos telefonemas dele, ignorei-o como se ele fosse um desconhecido. Depois de um mês, ele se ajoelhou diante de mim, chorando.


- Não aguento mais, Val! - ele soluçava. - Não aguento mais!

Desvencilhei-me dele. Antes de ir embora, disse-lhe:

- Eu avisei. Você já teve a sua noite. Contente-se com ela.


E fui embora.


Não sou má?

Beijos.

VV”

Texto extraído do blog do David Coimbra