DEFLORAÇÕES ANTOLÓGICAS



A idéia desta coletânea é melhor explicada pelas palavras de seu autor - "esta antologia não pretende ser um ensaio sobre a defloração, tampouco sobre a virgindade, apenas uma apreciação de como o assunto foi abordado por diferentes autores, em diferentes épocas reunindo textos e imagens que me trotavam pela cabeça e pelas estantes à espera de alguma organização". JMB.

A Bíblia, o Gilgamesh, o Decamerão, o Kama Sutra, Alceu, Aluísio de Azevedo, Apollinaire, Aretino, Casanova, Cleland, Chorier, Collona, Boyer D'Argens, Flaubert, Júlio Ribeiro, Lautréamont, Maupassant, Mirabeau, Musset, Pierre Louÿs, Roussel, Sade, Voltaire, todos abordaram o momento especial sem o qual não existiríamos: a famosa "primeira vez" de uma mulher.

Cento e onze excertos selecionados que cobrem os últimos 4.000 anos, do sacro à mais profana das pornografias, passando por um pouco de tudo, desde textos meramente descritivos, de frieza quase cirúrgica, até textos altamente poéticos, de intenso lirismo, sendo alguns engraçadíssimos, outros agressivos, violentos, refletindo as escolas literárias e os períodos em que foram escritos.

As inúmeras ilustrações foram extraídas, quase sempre, das edições originais das obras citadas.

Seguem-se alguns comentários sobre o tema, apenas para degustar

"Queira deus, queiram os deuses que eu possa realizar o que tenho em mente: / Romper suas barreiras virginais."

Cancioneiro de Beuern, século XIII

"Oh, Hímen! Oh, himeneu! / Porque me tantalizas tanto? / Por que me aguilhoas por apenas um doce momento? Por que não persistes? Por que desapareces / Porque, se persistisses além do doce momento, certamente me matarias?"

Walt Whitman

"Não seria a raridade dessa iguaria deliciosa que chamamos cabaço que causa aos homens tanto ardor e pressa?"

Abade Du Pratt

"Desfrutamos de um prazer extremo ao eliminar o inocente pudor de uma bela jovem que reluta em se entregar, ao forçar aos pouquinhos todas as pequenas resistências que ela opõe, a superar seus escrúpulos e chegar onde queremos."

Molière (Don Juan)

"E tua boca em lírio / Pálida flor estreita e virgem / é a vulva que elijo / para amante de meu membro."

Pierre Louÿs
"Amei Teormão / E não fiquei envergonhada / Mas tremia com meus medos virginais / E me escondi no vale de Leuta! E me escondi no vale de Leuta! / E me ergui do vale ; / Mas formidáveis trovões rasgaram / Meu virgem manto ao meio."

William Blake
"Que a menina recupere suas cores! / Depois de aprender o amor, / entre suas pernas sangra/ a romã fendida para sempre."

Raymond Radigue

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